05:48

ESTÁ CHEGANDO O GRANDE DIA: I SIMPÓSIO SOBRE DROGAS, DIREITOS HUMANOS E MODOS DE CUIDAR

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Vem sendo anunciado, nos últimos dias, um evento que tem sido construído por muitas mãos. Mãos unidas e que, juntas, apontam para uma mesma direção: o cuidado (e suas possibilidades) com pessoas que fazem uso problemático de substâncias psicoativas. Será um momento de muita construção e diálogo. Fique por dentro de todos os informes e, se já estiver inscrito, não perca esta oportunidade!





15:09

CONSTRUÇÃO DO VARAL DA REDUÇÃO COM ESTUDANTES RECÉM CHEGADXS NO CURSO DE PSICOLOGIA DA UFCG

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No dia 09 de novembro, durante a II Semana de Recepção dxs Feras organizada pelo Centro Acadêmico do curso de Psicologia da Universidade Federal de Campina Grande, o NUD/UFCG realizou uma roda de conversa e oficina com a temática Drogas e Redução de Danos na Universidade. 
Participaram da roda xs novxs alunxs do curso, bem como parte da comunidade acadêmica de outros períodos. O encontro começou com a atividade ‘’Meu nome em ação’’ facilitada pela psicóloga e colaboradora do NUD, Samira Déborah. Em seguida, de forma circular e dinâmica foi discutido e problematizado as definições e estratégias da prática da redução de danos, pensando e questionando também, o papel e as possibilidades de atuação do psicólogo nos contextos e serviços permeados por essa prática. A discussão tocou vários pontos que permeiam esse tema, tangenciando a questão dos estereótipos dxs usuárixs de drogas, as pluralidades e de formas de se experienciar e significar o contato/relação do sujeito com a droga.
Ao final do debate horizontal entre xs facilitadorxs da roda de conversa e o corpo estudantil, foi realizada, pela primeira vez, a construção conjunta do Varal da Redução - atividade inspirada em uma das estratégias de redução de danos criada pelo NUCED-UFC, parceiro do NUD/UFCG - onde cada pessoa foi convidada a pensar e produzir, de forma artística, estratégias de cuidado de si, que poderiam ser ou não, relacionadas ao uso de substâncias psicoativas. 
A roda de conversa mostrou-se como sendo um momento bastante proveitoso, de inquietações, (des)construções e diálogo sobre um assunto que permeia muitas das experiências universitárias, e nos toca ao pensarmos em nossa futura prática como profissionais da saúde. Agradecemos a todxs xs estudantxs que participaram, bem como ao Centro Acadêmico de Psicologia da UFCG pelo convite e apoio.

Confira alguns dos nossos registros: 



Escrito por Júlia Ramos Vieira.


14:32

I SIMPÓSIO SOBRE DROGAS, DIREITOS HUMANOS E MODOS DE CUIDAR

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O Núcleo de Pesquisa e Extensão sobre Drogas (NUD-UFCG), em parceria com o Projeto Redes da FIOCRUZ, a Prefeitura de Campina Grande, o Conselho Municipal de Politicas sobre Drogas (Campina Grande), o CRP 13, a Liga Interdisciplinar de Saúde Mental (LIAS-ME) e o Pet Gradua-SUS/UFCG, realizará o I SIMPÓSIO SOBRE DROGAS, DIREITOS HUMANOS E MODOS DE CUIDAR, no dia 02 de dezembro de 2016, no auditório 3 do CCBS-UFCG, Campina Grande.
O evento será voltado para trabalhadores e gestores de políticas públicas, alunos e professores interessados nos temas do simpósio.
Confira a programação e faça sua inscrição de forma totalmente gratuita pelo formulário eletrônico disponível abaixo! As vagas são limitadas e os certificados serão entregues ao final do evento.

Para maiores informações, acesse nossa página aqui no facebook e/ou entre em contato pelo email nudufcg@gmail.com.

Vamos juntas e juntos construir este espaço!
Vamos divulgar!

Link para inscrições: https://goo.gl/forms/wTTy72TGwfYuyJIG2.




20:30

DISCUSSÃO AMPLIADA: O PAPEL DO CONTROLE SOCIAL NO FORTALECIMENTO DAS POLÍTICAS INTERSETORIAIS SOBRE DROGAS,

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A parceria acadêmica, profissional e política entre Fiocruz (Fundação Owaldo Cruz), Prefeitura Municipal de Campina Grande, UFCG (Universidade Federal de Campina Grande) e NUD (Núcleo de Pesquisa e Extensão sobre Drogas), vem propondo novas discussões e posturas para pensar o atual cenário municipal (e nacional) sobre drogas. 

Buscamos promover espaços voltados para estudantes, profissionais, ativistas e outras pessoas que desejam se aproximar e colaborar na construção desses debates. Sendo assim, convidamos todas e todos para participarem de uma Discussão Ampliada sobre o papel do controle social no fortalecimento das políticas intersetoriais sobre drogas, que contará com as ricas contribuições de Priscilla Gadelha (psicóloga clínica e Redutora de Danos) e Rafael West (coordenador do Projeto Redes Fiocruz - Brasília/DF).

Vale ressaltar que a programação da manhã é voltada para todas as pessoas interessas, enquanto a tarde será exclusiva para integrantes do Comitê Gestor Municipal de Políticas Sobre Drogas e Conselho Municipal de Políticas Sobre Drogas. 


Presta atenção na programação e vamos participar! 



OBS: Os certificados de participação serão entregues no dia.
          O encontro é gratuito. 

Até lá!!



Por Samira Déborah 


17:32

II GRUPO DE ESTUDOS SOBRE DROGAS

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Olá gente!!

O NUD vem aqui convidar vocês para o II Grupo de Estudos aberto à todas as pessoas interessadas na temática das drogas, Redução de Danos e antiproibicionismo! Será amanhã, quinta-feira, dia 08/09. Terá início às 14h, no Serviço de Psicologia da UFCG. 1º Andar.

A referência é: 
Méllo, R. P. (2016). As drogas cotidiano em tempo de sobrevivência. In: Vieira, L. L. F; Rios, L. F; Queiroz, T. T. (org). A problemática das drogas: contextos e dispositivos de enfrentamentos. Recife: Editora UFPE.


E você encontra o material neste link: 



Essa discussão pede urgência. Vamos somar!
15:08

"DROGAS, POLÍTICAS PÚBLICAS E CONSUMIDORES"

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No dia 3 de agosto, o NUD/UFCG, em parceria com a Fiocruz, o Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (NEIP) e a Editora Mercado de Letras realizou na Livraria Nobel, em Campina Grande, o lançamento do livro Drogas, Políticas Públicas e Consumidores.       

Participaram do lançamento a antropóloga Sandra Lucia Goulart e o cientista social Pablo Ornelas Rosa. Infelizmente, Beatriz Labate, co-autora do livro, que também participaria do lançamento, não pôde comparecer por motivos de força maior. 

O encontro iniciou com o Ariel Coletivo Literário, introduzindo a temática a partir de declamações poéticas. Posteriormente, Pablo Ornelas expôs alguns questionamentos e problematizações, deslocando as compreensões naturalizadas acerca do que significa a drogadição no nosso contexto sócio-político atual. Em seguida, Sandra Goulart apresentou a proposta do livro e a consistência da discussão produzida pelos autores no decorrer dos capítulos, que partem de uma referência sobre a etnografia do uso de drogas, atualizam a discussão sobre a regulamentação e localizam a assistência em saúde como um fator que precisa ser destacado nas discussões produzidas atualmente sobre o tema.



Ao final, houve um debate com algumas questões levantadas pelo público e a tarde foi finalizada com uma sessão de autógrafos para quem aproveitou a oportunidade e adquiriu logo a sua edição na Livraria Nobel. Agradecemos a participação de todos e todas, o apoio da Livraria Nobel e a contribuição poética do Ariel Coletivo Literário. 

(Escrito por Andreza Silva, psicóloga, integrante do NUD/UFCG)



07:21

POR QUE OS HUMANOS USAM DROGAS?

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A Fiocruz - Projeto Redes, em parceria com o NUD e a Prefeitura de Campina Grande, recebem com muito entusiasmo, o psiquiatra, professor da Universidade Federal da Bahia, diretor do Centro de Tratamento do Abuso de Drogas e fundador do Consultório de Rua: Antônio Nery Filho!

Convidamos todas e todos vocês, de todas as áreas, para se fazerem presente em mais um momento de extrema importância para a discussão sobre seres humanos e o uso de substâncias psicoativas.

A conferência "POR QUE USAMOS DROGAS?" será na próxima sexta-feira, às 8h, no Teatro Municipal Severino Cabral, em Campina Grande!

A entrada é gratuita e a entrega de certificados será realizada no local.

A atividade também faz parte do eixo de Educacao Pernamente do Projeto PET GraduaSUS/UFCG.

Link para o evento no facebook: https://www.facebook.com/events/11284053272325

13/
06:37

PENSANDO A REDE COM A REDE

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Nos dias 25 e 26 de julho de 2016, o Projeto Redes da Fiocruz, em parceria com o NUD e a Prefeitura de Campina Grande, realizou uma atividade voltada para os profissionais de saúde, assistência social, Conselho Tutelar e outros setores que integram o Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes. Este momento contou com a contribuição e mediação de Alexandre Merrem, educador social que aceitou contribuir com uma metodologia participativa que envolveu todas e todos em atividades que deram espaço para a reflexão, a discussão e a compreensão dos serviços que são prestados e da importância do diálogo entre eles. O objetivo deste encontro foi articular a rede de garantias de direitos e assistência à criança e ao adolescente na cidade de Campina Grande, além de proporcionar um momento no qual os trabalhadores e as trabalhadoras desses serviços se conhecessem e pudessem estabelecer vínculos. 

No primeiro dia foram realizadas algumas atividades metodológicas que solicitavam dos grupos de serviços que cada pessoa integrante elaborasse o percurso de sua trajetória até o momento presente, escolhendo três grandes acontecimentos que tivesse marcado ou colaborado com sua trajetória. Em seguida, foi solicitado que, em grupo, divididos por serviços, respondessem quatro questões que indicariam o foco/objetivo do serviço que os mesmos representavam. 

Logo depois foi solicitado que cada grupo de serviço desenhasse algo que representasse o próprio serviço em articulação com aqueles que ali estavam, se de fato estivessem articulados. Nesta atividade houve certa tensão, pois alguns dispositivos não conseguiram se enxergar na representação de alguns outros; momento no qual houve uma inquietação por parte de algumas pessoas, pois haviam sentido que a comunicação e a articulação não era bem como parecia. 

No segundo dia os grupos fizeram um trabalho em torno de suas luzes e sombras, ou seja, o que enxergavam enquanto pontos positivos e negativos do/no serviço.  Nesta atividade foram percebidas algumas sombras em comum, como a falta de diálogo com outros dispositivos, falta de espaço para discutir casos, falta de capacitação para profissionais, assim como a falta de comunicação (muitas vezes) dentro do próprio espaço de trabalho. 

No fim do encontro, foi proposto que cada grupo escrevesse suas tensões e possíveis desafios para solucionar essas tensões. Dentre as propostas e desafios colocados, podemos destacar a realização de mais atividades de formação que proporcionassem o (re)encontro dos dispositivos, além do comprometimento de estarem mais abertos ao diálogo, assim como a novas parcerias. Além disso, a divulgação de muitos dispositivos que, inúmeras vezes, são desconhecidos pela própria comunidade e por outros serviços, o que acaba gerando um excesso de demanda para muitos. 

Em todos os momentos das atividades, as falas desembocavam em um mesmo ponto: os usuários e as usuárias dos serviços que ali estavam sendo representados. Não foi refletido só o objetivo de cada um, assim como a missão individual; mas o foco que os unia e que insistia que eles pensassem de forma intersetorial - ainda que cada um tivesse suas especificidades.  

Desse modo, pudemos perceber que o encontro mexeu com as pessoas que ali se encontravam. Foram dois dias de inquietações, reflexões e (auto)conhecimento - enquanto serviço/servidores, mas principalmente enquanto sujeitos. Sujeitos que, para além das questões objetivas da vida cotidiana, possuem a missão/função e a oportunidade de garantir os direitos das crianças e adolescentes.

Escrito por Íris França, colaboradora do NUD, estudante de Psicologia da UFCG.








10:12

LANÇAMENTO DO LIVRO: DROGAS, POLÍTICAS PÚBLICAS E CONSUMIDORES

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 NUD, com apoio da FIOCRUZ - Projeto Redes, em parceria com o Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (NEIP), Mercado de Letras, e Livraria Nobel/Campina Grande, têm a alegria de convidar a todas e todos para participarem do lançamento do livro "Drogas, Políticas Públicas e Consumidores", que acontecerá no dia 03/08, às 16h, na Nobel.


"Este livro visa refletir sobre as representações acerca do consumo de substâncias psicoativas e discutir instrumentos teóricos e metodológicos que permitam compreender os padrões de consumo, seus efeitos e os controles que os cercam. Contempla a multiplicidade de discursos e práticas que coexiste em torno das “drogas”. Tanto as estratégias de controle sobre as experiências de consumo, como aquelas mobilizadas para garantir esse consumo, são consideradas em suas singularidades, isto é, a partir de sua própria constituição. Nenhum discurso serve como referencial externo para a interpretação de outros: o que dizem e fazem os agentes da lei e da saúde são tão legítimos quanto o que dizem e fazem os que consumem ayahuasca, álcool, crack ou ritalina. Nesse sentido, propõe-se problematizar o paradigma “médico-legal”. Ao mesmo tempo, busca-se superar a dicotomia “efeitos farmacológicos” versus “aspectos culturais”, promovendo o diálogo entre diferentes campos de conhecimentos, de modo a se pensar o tema a partir de uma perspectiva mais integrada. Para tanto, o livro comporta: 1) Etnografias sobre as práticas de consumo de “drogas”, “plantas” e/ou “remédios”;  2) Regulamentações e controles sobre as “drogas”: Legislativo, Tribunais de Justiça e Delegacias; e 3) Análises dos serviços de saúde, atendimento e tratamento de pessoas que fazem uso de substâncias psicoativas" (fonte).

Contaremos com as presenças ilustres de Beatriz Labate, Sandra Goulart e Pablo Ornelas.

Teremos também a contribuição poética do Ariel Coletivo Literário.

É tempo de discutir/pensar/refletir mais sobre pessoas e menos sobre substâncias. É tempo de integrar os conhecimentos. Será um momento histórico para a cidade de Campina Grande.

Contamos com todxs vocês!

12:50

PRÉ-ENCAA E ENCAA 2016: VIVÊNCIAS DO NUD

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Passados exatos 19 dias desde o fim do I ENCAA – Encontro Nacional de Coletivos e Ativistas Antiproibicionistas – recuperamos o fôlego para falar dessa experiência potente, cheia de descobertas, (des)construções, e aprendizados. Mas antes de contar sobre o ENCAA, vamos voltar alguns dias no calendário para dizer da alegria que foi promover o Pré-ENCAA, aqui na cidade de Campina Grande/PB.

         O Pré-ENCAA aconteceu no dia 22 de junho, no CCBS da UFCG, e contou com as falas experientes de Maristela Moraes (professora UFCG e coordenadora NUD) e de Vinícius Lúcio (professor CESREI e Facisa), ambos ativistas antiproibicionistas. Contamos com a participação de pessoas de diversos cursos e trabalhadoras da saúde mental do município, que aqueceram as discussões que se estenderam por aspectos históricos do proibicionismo até elementos importantes para pensar a urgência de uma nova política sobre drogas no Brasil, visando o fortalecimento das populações mais atingidas, bem como impactos econômicos e políticos.

         Na oportunidade, tensões importantes foram levantadas a respeito do cenário que se apresenta, evidenciando a necessidade de que estas discussões aconteçam para além do enfoque em saúde, como também em serviços do sistema de garantia de direitos, justiça e educação. Searas que estão correlacionadas em nossas vivências e práticas cotidianas, dentro e fora de óticas profissionais. Nos despedimos deste encontro desejosas e desejosos de ENCAA, com vontade de discussões e aprendizados. Gratidão à todas as pessoas que estiveram conosco neste momento!

         Chegada a sexta-feira, 24, nos colocamos em direção à Recife/PE, cidade que acolheu pessoas de todo o país, atraídas pelo espaço que se construía. E esta é uma das palavras – em seus sentidos prático e simbólico – que melhor nos dizem do acontecimento ENCAA: construção. Tudo durante aqueles três dias foram semente e fruto de construções: os sorrisos acolhedores na chegada ao alojamento, as divisões pró-ativas na produção e cuidado de nosso alimento, os materiais distribuídos, as escolhas oportunas dos temas dos Grupos de Discussão, o cuidado uns com outros, os afetos despertados, os encontros culturais que enfeitaram as noites, as plenárias aquecidas por argumentos importantes e por pessoas implicadas no projeto: PRECISAMOS FALAR SOBRE DROGAS!



         Dos vários instantes que tivemos a oportunidades de integrar, algumas frases disparadoras ficaram e nos acompanham: Cuidado não é controle. Liberdade não é negligência. Pessoas que seguem vida acadêmica ou não, integrantes e não integrantes de coletivos, estudantes secundaristas e de universidades em discussão sobre o “mundo das drogas”, que é o mundo em que vivemos todas e todos. É o mundo marcado por uma história hedionda no que se refere ao cuidado às pessoas que tem problemas – ou não – com o consumo de álcool e outras drogas. No entanto, é também o mundo marcado por lutas sociais, por afetações, por vontade de (des)construções e, principalmente, pelo posicionamento ético e político de que toda vida merece ser vivida.

Participantes da plenária de abertura


         A última plenária do ENCAA foi marcada pelo reforço de que em 2017 aconteça o segundo encontro nacional, contemplando outra cidade do país. O NUD está muito satisfeito de ter participado deste momento histórico, oportunidade impar de fortalecer parcerias e partilhar a delícia que é re.descobrir: não estamos sós nesta militância! 


Por Samira Déborah
03:44

NOTA DE REPÚDIO A SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS (SPD)

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O NUD apoia e assina a Nota de Repúdio à Secretaria Especial de Políticas sobre Drogas do Ceará, que denuncia a ampliação dos investimentos públicos em comunidades terapêuticas e a descaracterização dos princípios da redução de danos que orientam as políticas públicas sobre drogas
Veja a nota na íntegra na página do NUCED-UFC.

http://nuced.blogspot.com.br/

03:43

ACONTECE NO DIA 22 DE JUNHO O PRÉ-ENCAA/UFCG

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É com alegria que informamos sobre a realização do Pré-Encaa - UFCG, nosso evento preparatório para o Encontro Nacional de Coletivos e Ativistas Antiproibicionistas (ENCAA) que será realizado em Recife-PE na próxima semana.

Será um espaço de troca de ideias e de extrema importância para as discussões em torno do proibicionismo e seus impactos na saúde - além de várias outras questões que surgem frente a guerra às drogas.

Indicação de leitura: clique aqui!  

Confiram abaixo o horário e local do evento, na cidade de Campina Grande - PB. 

A atividade é aberta para todas e todos e a entrada é gratuita!




04:42

5º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE MENTAL: UM MOMENTO HISTÓRICO PARA A DISCUSSÃO SOBRE DROGAS NO BRASIL

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Entre os dias 26 e 28 de maio aconteceu em São Paulo o 5º Congresso Brasileiro de Saúde Mental, organizado pela Associação Brasileira de Saúde Mental - ABRASME.

O maior Congresso sobre Saúde Mental do Brasil reuniu participantes de vários lugares do país e debateu, com o fervor do momento político inquietante que o país vive, temas importantes e necessários para a continuidade dos movimentos de reforma sanitária e psiquiátrica, com as provocações protagonizadas pela Luta Antimanicomial.

Pontuamos aqui o destaque dado às discussões sobre drogas no evento - presentes na maioria das grandes mesas de debates e conferência, mesmo as que não focalizavam diretamente o tema.

Já desde a abertura oficial do evento, um grupo de teatro que participou ativamente da Ocupação Fora Valencius na Coordenação Nacional de Saúde Mental por 120 dias, entoava repetidas vezes durante a emocionante performance a frase “comunidade terapêutica é manicômio disfarçado”. Ao mesmo tempo, o grupo envolvia a plateia na desesperadora situação encenada, de um jovem tornado alvo de inúmeras torturas, denominadas de “tratamento” e realizada em uma Comunidade Terapêutica, ironicamente indicado para lidar com um caso de inadequação de comportamento desse jovem revolucionário que queria ajudar na Ocupação Fora Valencius.

Importante lembrar que Valencius Wurch Duarte Filho foi exonerado da Coordenação de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas no dia 09 de maio de 2016, fato que representou uma importante vitória do movimento da Luta Antimanicomial, relembrado em cada grito de "Fora Temer!" entoado pela plateia não só na abertura do encontro da Abrasme, mas em vários momentos de conferências e grandes mesas ao longo do evento.

Na conferência de abertura com o professor Gastão Wagner, o tema das drogas também foi trazido como relevante no cenário atual de discussões sobre Saúde Mental e sucateamento do SUS.

Ao longo dos seguintes dias, em mesas históricas realizadas durante o evento, foi discutida a necessidade de ampliação do olhar e das intervenções sobre drogas a partir dos pressupostos da Luta Antimanicomial, a exemplo da mesa que contou com a presença de Leon Garcia, Secretário Nacional Interino de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, do professor Jessé de Souza, ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, e do Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, mesa coordenada pela Ana Pitta. A mesa trouxe a experiência do "De Braços Abertos", realizada na região da Luz em São Paulo, mas também reflexões importantes sobre a necessidade de produzir uma politica sobre drogas para as pessoas, e não com foco nas substâncias. Nesse sentido, destacamos a atuação atual da SENAD, na gestão de Leon Garcia, que tem consolidado outro lugar para a discussão sobre politicas de drogas no Brasil.

Outro momento pontual marcado pela discussão sobre pessoas e suas situações de vulnerabilidade mediante o uso problemático de substâncias, no contexto brasileiro, se deu na mesa que contava com a presença marcante de Dênis Petuco, Antônio Lancetti e Antônio Nery Filho. Neste momento, Lancetti problematizou nossa busca (enquanto pessoas que cuidam), assim como dos nossos programas políticos e dos noticiários, insistente (e incessante) por soluções imediatas e salvação de vida para as pessoas que fazem uso problemático das drogas, apresentando-nos o conceito de Contrafissura. 

Antônio Nery Filho, atravessado pela fala de Lancetti e com a irreverência que lhe é peculiar, nos cutucou e nos levou a pensar no necessário afastamento do objeto "drogas" e aproximação às pessoas que, muitas vezes, encontram nelas a solução para uma vida cheia de durezas e poucas perspectivas. O público presente pôde conhecer um pouco dos programas realizados em Salvador pelo Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas (CETAD), tais como o Ponto de Cidadania. 

Finalizando o momento de fala da mesa, Dênis Petuco nos tocou com uma fala extremamente emocionada. Partindo de experiências pessoais com as drogas e de uma narrativa sobre internações e tratamentos, Petuco pôde apontar como suas discussões teóricas e as perspectivas trazidas até então bebem de uma fonte real e partem dessa realidade para compor uma caminhada pautada em vivências e subjetividades. Sua fala, assim como toda a mesa, sinalizou mais um momento histórico para a Saúde Mental. Estas serviram para reiterar a necessidade de abrirmos todas as (nossas) portas para um tema silenciado e, por muito tempo, negligenciado nos diversos espaços de discussão.

O Congresso nos deixou cheias e cheios de vontade (e ainda mais força) de continuar nesta caminhada e, para além disso, de se posicionar, de lutar e de assumir, politicamente, nosso lugar dentro da Saúde Mental. 

Na página do congresso, no facebook, você pode encontrar algumas das transmissões realizadas durante o evento. 


10:40

Aconteceu: PARTICIPAÇÃO DO NUD NA VI SEMANA ESTADUAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL

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Oi gente!!!

É com o coração transbordando de alegria e gratidão que a gente vem mostrar para vocês o que aconteceu nos últimos dias 19 e 20, em nossa participação na  VI SEMANA ESTADUAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL.

Redução de danos, práticas manicomiais nos sistemas de garantia de direitos e de saúde mental e a importância do cuidado em liberdade, foram  alguns dos motes que aqueceram nossos diálogos e rodas de conversas, fortalecendo a necessidade de que essas discussões se estendam por todo o ano, por todos os espaços. A Semana Estadual de Luta acabou, mas nossas inquietações permanecem vivas, por isso, nossas atividades continuam dentro e fora da universidade.

Por ordem, veja o que rolou:

OFICINA DE CARTAZES PARA A CAMINHADA DA LUTA ANTIMANICOMIAL





ABERTURA COM APRESENTAÇÃO TEATRAL 
SOBRE CONSULTÓRIO NA RUA






RODA DE CONVERSA SOBRE AS CONTRIBUIÇÕES DA REDUÇÃO DE DANOS 
PARA A LUTA ANTIMANICOMIAL COM PESSOAS QUE USAM ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS




CAMINHADA DA LUTA ANTIMANICOMIAL 






RODA DE CONVERSA SOBRE OS AVANÇOS E DESAFIOS NA FORMAÇÃO
 EM SAÚDE PARA ATUAÇÃO NAS REDES DE ATENÇÃOPSICOSSOCIAL




Gostaríamos de agradecer a todas as pessoas que participaram dos encontros, tornando-os possíveis. Em especial, agradecemos a parceria com a turma da Lias-me (Liga Interdisciplinar de Atenção à Saúde Mental), que fortalece este movimento de luta e resistência. Gratidão!



Por Samira Déborah


09:33

VI SEMANA ESTADUAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL

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Ei, pessoal! 

A Semana Estadual de Luta Antimanicomial está recheada de coisas boas, de espaços valiosos de formação, fortalecimento e mobilização. 

O NUD  está transbordando de alegria e satisfação por fazer parte da programação e já adianta que teremos oficina de cartazes, rodas de conversa e a participação na Caminhada da Luta Antimanicomial - em parceria com a Liga Interdisciplinar de atenção à Saúde Mental (LIAS-ME)

Serão momentos importantes para a promoção de diálogos e discussões que fortaleçam essa luta que é de todos e todas nós, que é diária e fundamental para que tenhamos - verdadeiramente - uma sociedade livre de manicômios e práticas manicomiais. 

Confira:



Sinta-se convidada e convidado, seja você estudante, ativista ou profissional. Isso tudo é para todas e todos nós. Se programe e venha lutar com a gente!!

13:24

Aconteceu: I GRUPO DE ESTUDOS SOBRE DROGAS

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     Aconteceu na ultima sexta-feira (15), no Centro Acadêmico de Ciências Sociais (CACS), o primeiro encontro do Grupo de Estudos Sobre Drogas, que contou com a participação de várias pessoas interessadas pela temática (estudantes de vários cursos, coordenadora do NUD e trabalhadora da assistência social).





     O texto proposto para este momento foi - Redução de danos e saúde pública: Construções alternativas à política global de "Guerra às drogas" (PASSOS E SOUZA, 2011), que serviu de base para discussões e questionamentos que envolveram e empolgaram durante todo o encontro. Linhas de fuga foram pensadas, experiências compartilhadas, inquietações provocadas e nós saímos bem felizes com a positividade do encontro!




    Movidos e movidas pelo desejo de que mais momentos como este aconteçam, divulgaremos em breve data e local do próximo. Agradecemos a presença de quem participou e convidamos todas as pessoas interessadas para fortalecerem este espaço de discussão e aprendizado. Vem!

10:20

I GRUPO DE ESTUDOS SOBRE DROGAS

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O NUD, em parceria com a Frente Paraibana Drogas e Direitos Humanos, convida todas as pessoas interessadas a participarem do I Grupo de Estudos sobre Drogas, que acontecerá no dia 15 de abril (sexta-feira), das 16 às 18h, no Centro Acadêmico de Ciências Sociais (CACS – UFCG). Como indicação de leitura para este momento, sugerimos o texto: Redução de danos e saúde pública: Construções alternativas à política global de “Guerra às drogas” (PASSOS E SOUZA, 2011), disponível para download em nossa biblioteca.



Vem construir esse espaço com a gente!

15:32

ANVISA LIBERA PRESCRIÇÃO DE REMÉDIOS COM CANABIDIOL E THC

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Substância deixa de ser proibida no país e passa a integrar lista de medicamentos aprovados para uso terapêutico, mas sujeitos a controle



A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta quarta-feira liberar o uso terapêutico do canabidiol no Brasil. O composto deixará de fazer parte da lista de substâncias proibidas pela agência e passará para a categoria C1, de uso terapêutico permitido, mas sujeito a controle.


A mudança na classificação do canabidiol foi aprovada por unanimidade pela diretoria da Anvisa, em reunião realizada em Brasília. Segundo a agência, a decisão "abre caminho para pesquisa mais ampla, com vista a desenvolver medicamentos com esta substância no país".
O canabidiol é um dos 480 compostos da maconha. Extraído do caule e das folhas da planta, a substância não é psicoativa nem tóxica. O que promove o efeito alucinógeno é o tetraidrocanabinol (THC), substrato da resina e da flor da Cannabis sativa. É ele o responsável pela alteração de raciocínio, lapsos de memória, perda cognitiva e dependência.
Apesar da exclusão do canabidiol da lista de substâncias proibidas no Brasil, o processo para importar produtos à base do composto em associação a outras substâncias derivadas da maconha permanece o mesmo e exige autorização excepcional. Mas, de acordo com o diretor-presidente interino da Anvisa, Jaime Oliveira, o procedimento deve ser revisto e simplificado em um prazo de até 40 dias.

Efeitos - Estudos consistentes têm demonstrado o potencial da substância em diminuir a frequência de crises convulsivas entre pacientes com doenças neurológicas graves que não respondem ao tratamento convencional. Hoje, no Brasil, 600 000 crianças são portadoras de epilepsia grave, refratária aos anticonvulsivantes tradicionais. Cerca de 400 famílias usam o canabidiol. Outras pesquisas apontam que a substância também pode ajudar pessoas com doenças como Parkinson, esquizofrenia, insônia e ansiedade.
Nos Estados Unidos, o composto é liberado em 21 estados, como suplemento alimentar. Sob a forma de pasta, cristais, spray ou gotas, o canabidiol é vendido em farmácias de manipulação ou diretamente com fabricantes. São os próprios produtores que controlam a qualidade de seus produtos. Todos, porém, têm de seguir a regra de não ultrapassar a quantidade de 0,6% de THC nos produtos com canabidiol, de modo a não oferecer riscos ao paciente.

Fonte principal: ANVISA
Fonte secundária: O Globo. 


11:26

O NUD apoia - I ENCONTRO NACIONAL DE COLETIVOS ATIVISTAS ANTIPROIBICIONISTAS

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I ENCONTRO NACIONAL DE COLETIVOS ATIVISTAS ANTIPROIBICIONISTAS



Rede Nacional de Coletivos e Ativistas Antiproibicionistas (RENCA) está organizando o I Encontro Nacional de Coletivos e Ativistas Antiproibicionistas - ENA a ser realizado entre os dias 24 a 26 de junho de 2016 na cidade de Recife-Pernambuco. Sendo assim, convidamos a todos os coletivos, ativistas, profissionais de saúde, educação e segurança, sindicatos, comunidade acadêmica, autoridades políticas e quaisquer cidadãos/as interessados/as em participar, apoiar, aprender e construir esse encontro.

Contribua com o financiamento coletivo:
https://www.vakinha.com.br/vaquinha/encontro-nacional-de-coletivos-e-ativistas-antiproibicionistas
:

Qualquer dúvida entrar em contato pelo email: 
ena2016.contato@gmail.com



LINK DO EVENTO LÁ NO FACEBOOK:
https://www.facebook.com/events/1619747371607450/



09:39

NOSSO 8 DE MARÇO!

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Sobre a “perspectiva de gênero” - Carta dos Núcleos Acadêmicos ao Senado


Nesse 8 de março, o NUD assina a Carta de Núcleos de Estudos e Pesquisas de todo o país, dirigida ao Senado, sobre a decisão recente da Câmara dos Deputados de excluir a expressão “perspectiva de gênero” do documento que orienta as competências do recém criado “Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e dos Direitos Humanos”.


Leia a Carta na íntegra:


Brasília, 08 de março de 2016 
Excelentíssimos senhores senadores e senadoras, 
Nós, docentes e pesquisadores/as vinculados/as a Núcleos de Estudos e Pesquisas de várias universidades brasileiras, entidades, associações e fóruns acadêmicos viemos, por meio desta, manifestar nossa radical discordância em relação ao posicionamento público de alguns parlamentares brasileiros, em suas manifestações diversas de desrespeito em relação às estratégias de enfrentamento à violência e discriminação, baseadas em gênero, nas escolas e em outras instituições de nosso país. 

Estarrecidos com a decisão recente da Câmara dos Deputados de excluir a expressão “perspectiva de gênero” do documento que orienta as competências do recém criado “Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e dos Direitos Humanos”, consideramos pertinente nos dirigir a vossas senhorias. Nossa inquietação reside, sobretudo, no fato de que este Ministério foi criado justamente para propor políticas públicas que visem coibir as violações de direitos humanos, entre elas a iniquidade de gênero, ou seja, a desigualdade de direitos entre homens e mulheres. Retirar a perspectiva de gênero é ignorar os fundamentos teóricos do debate que embasa a existência deste Ministério. 

A recorrente e sistemática perseguição ao conceito de gênero, em diferentes instâncias, por alguns/mas dos/as nossos/as legisladores/as revela, por um lado, absoluta ignorância em relação à produção científica nacional e internacional e, por outro lado, total irresponsabilidade e descaso em relação a recorrentes denúncias de violência no contexto da formação escolar, que resultaram na necessidade de medidas que visam coibir violência material ou simbólica, neste contexto; processo iniciado no Brasil, desde a década de 1970. 

Como educadores/as, resta-nos evidenciar que: 

1)  Gênero é teoria, não ideologia. 

O campo de estudos de gênero tem mais de meio século de produção e alberga um conjunto de contribuições disciplinares e interdisciplinares, desenvolvidas especialmente no campo das Ciências Humanas, Sociais e da Saúde, reconhecidas internacionalmente pela comunidade acadêmica como produção científica. 

2) Gênero não é plataforma de partido ou de movimentos sociais específicos, é ciência. 

Os conceitos que embasam as teorias de gênero não podem ser atribuídos a um partido ou projeto político específico. Este tipo de argumento ignora toda a longa história e vasta bibliografia deste campo de produção científica. Ao mesmo tempo, a promoção da equidade de gênero não compreende uma agenda apenas do feminismo (de mulheres e homens) ou dos grupos LGBTI e sim um compromisso do país com conceitos consagrados por esta vasta produção científica, em diálogo com documentos e sistemas educacionais e com acordos internacionais, dos quais o Brasil é signatário. Um desses acordos é o Plano de Ação da Conferência de Populações e Desenvolvimento da ONU, 1994, do qual o Brasil é signatário. Desrespeitar acordos internacionais pode gerar graves constrangimentos diplomáticos, repercutindo diretamente na imagem positiva do nosso país, em fóruns mundiais. 

3) Teorias de gênero têm fundamentado dispositivos que visam a promoção de direitos humanos. 

O conceito de gênero foi central para a institucionalização de tratados internacionais importantes e também para fundamentar legislação nacional relevante, como, por exemplo, a lei Nº 11.340/2006 (conhecida como lei Maria da Penha), que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher e a Lei Nº 13.185/2015, que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (conhecida como lei Antibullying), que visa combater “todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo [...], praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas” (art. 1º, par. 1º). Aqui se inclui tanto violência física, como também verbal, moral, sexual, social, psicológica, material ou virtual. 
Do mesmo modo, as teorias de gênero fundamentaram a institucionalização do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e, portanto, o termo gênero não pode ser arbitrariamente excluído, tendo por base argumentos insustentáveis do ponto de vista científico. 

4) Ciência, religião e política são campos distintos.

Conhecimentos científicos não podem ser arbitrariamente reinterpretados por outros campos sociais, na medida em que partem de princípios, métodos e fins distintos. Além disso, num país laico, como o Brasil, devemos tanto respeitar toda e qualquer confissão religiosa, como também garantir que não haja nenhuma interferência, de base religiosa, nas orientações, ações e documentos públicos, desenvolvidos pelo Estado, em prol do bem comum. 

5) Dados exigem respostas. 

Diversas pesquisas científicas têm demonstrado a urgência de enfrentar as formas diversas de discriminação, dentro e fora da escola. Por exemplo, pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), a pedido do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), intitulada “Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar”, revela que 96,5% dos/as entrevistados/as têm preconceito com relação a portadores de necessidades especiais, 94,2% têm preconceito étnico-racial, 93,5% de gênero, 91% de geração, 87,5% socioeconômico, 87,3% com relação à orientação sexual e 75,95% têm preconceito territorial. Esta pesquisa foi desenvolvida com uma amostra representativa de estudantes, pais e mães, diretores/as, professores/as e funcionários/as em escolas públicas de todo o país.   

Outra pesquisa, coordenada pela socióloga Miriam Abramovay, com apoio do Ministério da Educação, da Organização dos Estados Íbero-americanos para a  Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO), intitulada “Juventude nas Escolas”, informa que a homofobia é um dos principais tipos de preconceito na escola. Dentre os estudantes, quase 20% (19,3%) afirma não querer homossexuais, transexuais e travestis como colegas de classe, sendo a rejeição maior naqueles do ensino médio. 

A literatura científica, baseada em pesquisas empíricas e em leituras históricas e epistemológicas, explicita os problemas éticos e conceituais da perseguição ao conceito de gênero, nas diferentes instâncias legislativas. Leis que ignorem a produção de conhecimento científico chancelam a violência e a discriminação e deslegitimam a cidadania de um enorme contingente de pessoas. 

O silêncio (ou a omissão) diante desses dados é cúmplice da violência. 

Não há uma ideologia de gênero e diversidade sexual, o que há são estudos de gênero e sobre sexualidade, produzidos a partir de critérios e procedimentos científicos, amplamente debatidos no universo acadêmico, na sociedade civil e nas instituições do Estado. Apesar desse campo de estudos, como, aliás, qualquer outro campo profícuo de conhecimento científico, nem sempre obter acordos no que diz respeito aos seus conceitos e resultados, há um consenso fortemente consolidado nas pesquisas no que diz respeito à presença das violências de gênero e da homofobia não somente nas escolas e nas universidades, como em toda sociedade, e, diante deste quadro, há necessidade de respostas urgentes e efetivas; não podemos retroceder. 

Neste sentido, solicitamos de Vossas Senhorias que se manifestem contra qualquer ato que vise a exclusão do termo gênero de políticas públicas nacionais, afinal são propostas que visam, antes de tudo, à promoção da igualdade de direitos entre homens e mulheres e contra qualquer forma de discriminação ou violência.   

ASSINAM ESTE DOCUMENTO: 

ABRAPSO - Associação Brasileira de Psicologia Social (Nacional)
ABA - Associação Brasileira de Antropologia (Nacional)
ABEP - Associação Brasileira de Estudos Populacionais (Nacional)
REDOR - Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher e Relações Gênero (Regional)
Movimento “Por todas as famílias” (Nacional)
Grupo de Trabalho “Gênero e Saúde” da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Nacional)
GT de Estudos de Gênero Nacional da ANPUH (Associação Nacional de História) (Nacional)
GT População e Gênero da ABEP - Associação Brasileira de Estudos Populacionais (Nacional)
GT Psicologia e Estudos de Gênero da ANPEPP (Associação Nacional de pesquisa e Pósgraduação em Psicologia)
GEIJC - Grupo de Pesquisa “Infância, Juventude e Cultura Contemporânea” (UFMT, Rondonópolis) CEPIA – Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação (Rio de Janeiro)
CFEMEA - Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Brasília)
CIFG - Centro do Interesse Feminista e de Gênero (UFMG, Belo Horizonte)
CLAM - Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos (UERJ/ IMS, Rio de Janeiro)
DEGENERA - Núcleo de Pesquisa e Desconstrução de Gêneros (UERJ, Rio de Janeiro)
DEMODÊ - Grupo de Estudos sobre Democracia e Desigualdades (UnB, Brasília)
Diversiones - Grupo de Pesquisas “Direitos Humanos, poder e cultura em gênero e sexualidade” (UFPE, Recife)
FAGES - Núcleo de Família, Gênero e Sexualidade (UFPE, Recife)
Fórum Gênero e Sexualidade na Educação (Pernambuco)
GEMA - Núcleo Feminista de Pesquisas em Gênero e Masculinidades (UFPE, Pernambuco)
GENI - Grupo de Estudos de Gênero, Sexualidade e(m) Interseccionalidades na Educação e(m) Saúde (UERJ, Rio de Janeiro)
GEPCOL - Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Poder, Cultura e Práticas Coletivas (UFPE, Recife) GEPEDIC - Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação, Diversidade e Cultura (UNESPAR/ Paranavaí)
GEPEM - Grupo de Estudos e Pesquisas "Eneida de Moraes" sobre mulheres e gêneros (UFPA, Belém)
GEPS - Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Sexualidades (UNESP, São Paulo)
GESEC - Grupo de pesquisa Gênero, Sexualidade e Estudos Culturais (UFS, Aracaju)
GP - Avaliação e Intervenção PSiOSSOCIAL: prevenção, comunidade e libertação -
GEPinPSI (PUCCampinas, Campinas)
GRUPESSC - Grupo de Pesquisas em Saúde, Sociedade e Cultura (UFPB, João Pessoa)
Grupo de estudos e pesquisas Macondo: artes, culturas contemporâneas e outras epistemologias (UFRPE/UAST, Serra Talhada)
Grupo de Estudos em Gênero, Política Social e Serviços Sociais, (UnB, Brasília)
Grupo de Estudos em Raça, Gênero e Políticas Públicas (UNICAP, Recife)
Grupo de Estudos em Saúde Coletiva, Educação e Relações de Gênero (USP, São Paulo)
Grupo de pesquisa “Gênero, Raça e Direitos Humanos” (Fundação Carlos Chagas, São Paulo)
Grupo de Pesquisa “Sexualidades, Cuidado e Políticas Públicas” (UFU, Uberlândia)
Grupo de Pesquisas sobre Gênero, Corporalidades, Direitos Humanos e Políticas Públicas (UEL, Londrina)
GT Estudos de Gênero (IFPE, Recife)
IEG - Instituto de Estudos de Gênero (UFSC, Florianópolis)
Impróprias – Grupo de Pesquisa em Gênero, Sexualidade e Diferenças (UFMS, em Campo Grande) LabEshu - Laboratório de Estudos da Sexualidade Humana  (UFPE, Recife)
LABTECC - Laboratório de Tecnologias, Ciências e Criação (UFMT, Cuiabá)
LADIH - Laboratório de Direitos Humanos (UFRJ, Rio de Janeiro)
LEG - Laboratório de Estudos de Gênero, Poder e Violência (UFES, Vitória)
LIEIG - Laboratório Interdisciplinar de Estudos e Intervenção em Políticas Públicas de Gênero (UFRJ, Rio de Janeiro)
MARGENS - Modos de vida, família e relações de gênero (UFSC, Florianópolis)
Não Cala! Rede de Professoras e Pesquisadoras da USP pelo fim da violência sexual e de gênero (USP, São Paulo)
NAU – Núcleo de Análises Urbanas (FURG, Rio Grande, RS)
NAVI – Núcleo de Antropologia Audiovisual e Estudos da Imagem (UFSC, Florianópolis)
NEG - Núcleo de Estudos de Gênero (UFPR, Curitiba)
NEIM - Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (UFBA, Salvador)
NEPeM - Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher (UnB, Brasília)
NEPEM - Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (UFMG, Belo Horizonte)
NEPIMG - Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher e Relações de Gênero (UFS, Aracaju)
NEPO - Núcleo de Estudos de População “Elza Berquó” (UNICAMP, Campinas)
NESEG - Núcleo de Estudos de Sexualidade e Gênero (UFRJ, Rio de Janeiro)
NESP - Núcleo de Estudos em Saúde Pública (UFPI, Parnaíba)
NIGS - Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (UFSC, Florianópolis)
NIPAM - Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Ação sobre Mulher e Relações de Sexo e Gênero (UFPB, João Pessoa)
Nós Mulheres (UFPA, Belém)
NUCED - Núcleo de Estudos sobre Drogas (UFC, Fortaleza)
Núcleo “Religião, Gênero, Ação Social e Política” (UFRJ, Rio de Janeiro)
Núcleo de Pesquisa de Gênero - Programa de Gênero e Religião (Faculdades EST, São Leopoldo/RS) NUFOPE - Núcleo de Formação didático-pedagógica de professores da UFPE (Recife)
NUD - Núcleo de Pesquisa e Extensão sobre Drogas (UFCG, Campina Grande)
NUDERG - Núcleo de Estudos sobre Desigualdades Contemporâneas e Relações de Gênero (UERJ, Rio de Janeiro)
NUH - Núcleo de direitos humanos e cidadania LGBT (UFMG, Belo Horizonte)
NUMAS - Núcleo de Estudos sobre Marcadores Sociais da Diferença (USP, São Paulo)
NUPEGE - Grupo de Pesquisas e Estudos em Gênero (UFRPE, Recife)
NUPSEX - Núcleo de Pesquisa em Sexualidade e Relações de Gênero (UFRGS, Porto Alegre) PAGU - Núcleo de Estudos de Gênero (Unicamp, Campinas) (R)existências e metaquestões dos marcadores de diferença (UEL, Londrina)
Ser-Tão - Núcleo de Pesquisas em Gênero e Sexualidade (UFG, Goiânia).

APOIO 

Revista Estudos Feministas
ABGLT - Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
Rede Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos
AMNB - Articulação de Organizações de Mulheres Negras
Instituto PAPAI
Grupo Criola
Grupo Curumim
#partidA
Fórum Justiça
Coletivo Feminino Plural
Themis - Gênero, Justiça e Direitos Humanos
CLADEM/Brasil.





06:33

CRACK - REPENSAR

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A todas e a todos: nossas saudações! É com imenso prazer que damos início às atividades do NUD - Núcleo de Pesquisa e Extensão sobre Drogas/UFCG. 

No final de 2015 o NUD, ainda em processo de construção, pôde entrar em contato com o Rubens - um dos diretores do documentário CRACK - REPENSAR. Neste primeiro encontro (virtual), pudemos discutir um pouco a proposta do documentário e, para além disso, pensar na possibilidade de exibi-lo em espaços públicos de discussão - fosse na academia, fosse fora dela. Naquele momento, o filme ainda não podia ganhar o mundo, pois estava em processo de liberação pela Fiocruz e só estaria disponível mediante vinda de um de seus diretores. Porém, diante das dificuldades que teríamos para a realização de um evento ainda neste primeiro semestre de 2016, precisamos adiar o nosso encontro com o Rubens e a consequente exibição do documentário. 
Mas acendeu-se uma luz no fim do túnel e com uma notícia divulgada via facebook, na página do filme, nossos olhos brilharam: "Amigos, ficamos felizes em anunciar que nosso documentário Crack - Repensar foi disponibilizado gratuitamente e na íntegra pela VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz em seu canal do youtube". 
Desse modo, iniciamos as atividades de nosso blog com a exibição pública do documentário "CRACK - REPENSAR" e convidamos a todas e todos para a discussão - seja no espaço de comentários que este blog dispõe, seja em nossa página no facebook e na do filme, seja em casa, na universidade, no trabalho e/ou na rua. O importante é que não nos calemos.  



"Em uma sociedade de dependentes, questões como a redução de danos, internação compulsória e regulação das drogas precisam ser repensadas. Essa é a proposta do documentário Crack, repensar, que reúne depoimentos de usuários, ex-usuários, especialistas em saúde pública, acadêmicos, gestores e profissionais que atuam na promoção da justiça em um polêmico debate sobre como conviver com as drogas uma sociedade dependente."

Produção: Doctela
Direção: Felipe Crepker Vieira e Rubens Passaro
Distribuição: VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz
Ano da produção: 2015

Prêmio de Melhor Curta-Metragem pelo Júri Popular do RECINE - Festival Internacional de Cinema de Arquivo 2015. 

O vídeo está disponível na Editora Fiocruz.   

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